“Não basta querer para mudar o mundo. Querer é fundamental,
mas não é suficiente. É preciso também saber querer, aprender a saber querer, o
implica aprender a saber lutar politicamente com táticas adequadas e coerentes
com os nossos sonhos estratégicos.”
Desde pequenos aprendemos a aceitar o conhecimento da
sociedade dentro do senso comum, cujas experiências desenvolvidas continuam
sendo levadas a efeito por seus indivíduos. Não se trata de um conhecimento
inferior, como alguns poderiam supor, desde que as pessoas saibam reelaborar a
herança recebida, transformando o senso comum em bom senso, pois o senso comum
é um conhecimento herdado sem ser questionado.
Para que houvesse uma reelaboração dessa herança, seria necessário que o receptor soubesse administrar o que se aprendeu com o cotidiano em que se vive. Saber que o conhecimento adquirido muitas vezes pode não corresponder ao seu contexto, ou seja, é fundamental que faça uma análise das experiências vividas por cada indivíduo.
Quando decidimos mudar algo, devemos saber quem iremos atingir com essas mudanças. Só há uma mudança quando a luta é de todos, e só conseguimos englobar todos em uma mesma luta quando sabemos utilizar a tática mais adequada, aquela com a qual nenhum povo sairá prejudicado.
As transformações sociais e culturais da sociedade contemporânea nos convidam a repensar o papel da escola, e de que forma essas são afetadas. Elas contribuem e ampliam tais modificações, que podem partir das seguintes reflexões: Que tipo de pessoa se quer formar? Para qual sociedade? O que ensinar? Como ensinar?
Por isso é fundamental o papel do professor sendo profissional da educação, como um sujeito crítico-reflexivo, um intelectual transformador capaz de compreender o contexto social-econômico-político em que vive. O professor deve tomar o seu lugar de Mestre e proporcionar aos seus alunos, aulas que permitam seu desenvolvimento intelectual. Deve oferecer uma práxis educativa reflexiva e de qualidade, para mudar o comportamento do aluno, como também educar para um mundo melhor que está para ser construído, desenvolvendo assim o seu intelectual transformador.
O professor e a escola têm o papel de ampliar o conhecimento do aluno, e não de deixá-lo refém do senso comum, deverá estimular a sua curiosidade para que haja uma expansão de seu conhecimento, e de idéias em torno do meio social em que vive. E para que quando este aluno for lutar por mudanças, por direitos, saiba buscar táticas ideais e que consiga estar comprometido com o mundo e com a sociedade atual, afim de que sua luta não seja em vão.
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